domingo, 31 de maio de 2009

DSTs - Doenças Sexualmente Transmissíveis

As doenças a seguir indicadas variam na sua gravidade de simples incómodo até perigo de vida. Em todos os casos o diagnóstico atempado facilita o tratamento e evita a dissimação da doença como tal o conhecimento das mesmas é essencial para quem tem uma vida sexual activa. No entanto a prevenção é o meio mais eficaz , como tal antes de ter sexo com um novo parceiro:

  • fale sobre as DSTs;
  • fale acerca da suas intenções de ter sexo protegido (preservativo masculino ou feminino);
  • sugira um teste a várias DSTs para ambos antes de terem relações sexuais (lembre-se, no entanto, que existe um período que varia de dias até 6 meses em que muitas DSTs não são indentificáveis num teste embora estejam presentes);
  • faça testes regulares a várias DSTs (anualmente), identifique os sintomas e em caso de suspeita consultem o mais depressa possível o(s) vosso(s) médico(s).

"Cancro Mole"

O Cancro Mole (também conhecido como Cancroide ou Cancro Venéreo) é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) causada pela bactéria Hemophilus Ducreyi. Podendo afectar homens e mulheres.

Como se transmite?

O Cancro Mole transmite-se de pessoa para pessoa durante sexo anal, oral ou vaginal.

O que procurar?

Homens:Úlceras dolorosas ou não no pénis, à volta dos testículos ou no recto. Dor ou inchaço nos testículos. Dor ao executar movimentos de grande amplitude com as pernas.

Mulher:Úlceras dolorosas ou não á volta ou no interior da vagina ou recto. Dor ao urinar ou defecar. Dor ao executar movimentos de grande amplitude com as pernas. Raramente podem ser encontradas lesões nos seios, dedos, coxas ou na boca.

O Cancro Mole é perigoso?

Sim! Se não forem tratadas as lesões podem crescer e tornar-se muito difíceis de tratar. As lesões também podem ser uma porta de entrada mais fácil para outras DSTs. Como tal o diagnóstico e tratamento atempado são importantes.

Qual o tratamento?

O tratamento consiste em antibióticos indicados pelo seu médico variando entre dose única até tratamento diário durante 10 dias, existe tratamento específico para o caso de estar grávida. No caso de tratamento prolongado não termine o mesmo antes da data indicada pelo seu médico mesmo que os sintomas passem. Os seus parceiros sexuais devem ser examinados e tratados, caso contrário podem reinfectá-lo ou transmitir a doença a outros. Evite relações sexuais até ambos terem terminado o tratamento.

Como posso evitar o contágio?

Use preservativo sempre que tiver relações sexuais. Questione o seu parceiro sobre ocorrências de feridas, corrimento ou dor na zona genital. Fale com o seu parceiro acerca do Cancro Mole e outras DSTs antes da primeira relação sexual e usem preservativos.

"Sífilis"

A Sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível causada por uma bactéria (Teponema pallidum). Pode afectar qualquer pessoa. Pode ser transmitida durante sexo vaginal, oral ou anal. Pode também ser transmitida durante o parto.

Quais os sintomas da sífilis?

Fase 1: Incubação. Quando ocorre a primeira infecção. Não existem sintomas nesta fase. Podem decorrer entre 10 a 90 dias até que um teste de sangue revele a doença.

Fase 2: Sífilis Primária. Aparece uma lesão rosada ou ulcerada, geralmente indolor, no pénis, vagina, boca ou anús que pode passar desprecebida. Esta lesão pode desaparecer sem tratamento mas a bactéria permanece no corpo. Pode tambem ter os gânglios linfáticos inchados. A doença pode ser transmitida nesta fase.

Fase 3: Sífilis Secundária. Podem aparecer mais lesões generalizadas, especialmente nas mãos e pés. Estas lesões podem ter diferentes aspectos variando desde manchas a pápulas eventualmente com escamação. Sem tratamento estes sintomas também podem deseaparecer. A doença pode ser transmitida facilmente nesta fase e é detectável num teste de sangue.

Fase 4: Sífilis Latente. Esta fase pode durar 5 a 20 anos sem sintomas específicos, mas um teste sanguínio detecta a doença. A bactéria permanece no corpo e pode causar diversos problemas de saúde sérios. No entanto a doença não é transmissível nesta fase.

Fase 5: Sífilis Terciária. Nessa fase são finalmente visíveis os danos causados pela sífilis no organismo, podem revelar-se problemas na pele, cérebro, coração ou articulações.

A sífilis é perigosa?

Sim! Se não for tratada pode causar danos permanentes no cérebro, no coração e outros problemas de saúde a longo prazo. No caso da grávida pode causar sérios problemas ao recem-nascido incluindo a morte. A presença de úlceras pode facilitar a transmissão de outros vírus como o VIH e Hepatites.

Como é tratada a sífilis?

Dependendo da fase pode ser necessária uma ou mais injecções de antibióticos (normalmente penicilina) para eliminar a bactéria. Em alguns doentes podem ser tomados medicamentos via oral. Para controlar a evolução do tratamento, é necessário fazer testes de sangue regulares até ao completo desaparecimento da mesma. Todos os parceiros sexuais (até 12 meses antes dependendo da fase em que a doença foi diagnosticada) devem ser tratados a título profilático.

Como evitar o contágio da Sífilis? O uso de preservativo é aconselhável mas não oferece uma protecção completa. Se o seu parceiro tem sífilis, não tenham sexo enquanto os sintomas estiverem presentes e se possível até ambos terminarem o tratamento.

"Tricomoníase"

A tricomoníase é uma Doença Sexualmente Transmissível causada por um protozoário (Trichomonas vaginalis). Infecta tanto homens como mulheres, mas causa mais efeitos nas mulheres.

Como se transmite a tricomoníase?

A tricomoníase é transmitida durante sexo vaginal. Não parece ser possível a transmissão através de sexo oral ou anal. Não existem testes adequados para identificar a tricomoníase na garganta ou no recto. Não existem também teste eficazes para identificar a tricomoníase no homem.

Como saber se estou infectado pela tricomoníase?

Mulheres: Corrimento abundate, amarelo-esverdado ou cinzento, bolhoso, que pode ter um cheiro desagradável. Comichão ou ardor na ou em volta da vagina Em algumas situações dor pélvica Dor ou ardor ao urinar As secreções vaginais são examinadas ao microscópio pelo médico para efectuar o diagnóstico.

Homem: Normalmente não têm sintomas e não sabem que estão infectados Podem ter disconforto e comichão no pénis, raramente corrimento. Raramente dor ou ardor ao urinar

O que fazer se tiver tricomoníase? O tratamento é simples e eficaz através de uma toma única, eventualmente pode haver lugar a aplicação local de creme diária. Os parceiros também devem ser tratados mesmo que não tenham sintomas. No caso de estar grávida informe o seu médico. Não deve beber álcool 24 antes e depois do tratamento. Evite o sexo vaginal até que passe uma semana depois do tratamento.

Como evitar o contágio? Fale sobre as DSTs com o seu parceiro . Fale acerca da suas intenções de ter sexo protegido (preservativo masculino ou feminino). Sugira um teste a várias DSTs para ambos antes de terem relações sexuais.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Homossexualidade e os jovens - as mesmas necessidades e padrões de desenvolvimento

Os adolescentes homossexuais partilham os mesmos padrões de desenvolvimento dos seus congéneres heterossexuais, designadamente o estabelecimento de uma identidade sexual, a decisão sobre os comportamentos, a gestão dos afectos, as opções relativas a ter ou não relações, de que tipo e protegidas ou não, etc. Os riscos que correm, relativamente às doenças de transmissão sexual, como a infecção a HIV ou outras, exigem as mesmas estratégias de educação para a saúde. Assim, os cuidados antecipatórios que se debatem com qualquer adolescente não devem excluir nenhum, independentemente das suas opções e orientações que, como se afirmou, podem até não querer dizer coisa nenhuma em relação ao futuro. Por outro lado, e como já referimos, sendo uma minoria na sociedade os homossexuais estão sujeitos a uma pressão social e a um "empurramento para a clandestinidade" que pode trazer um menor acesso aos serviços, um maior desconhecimento da informação credível e de rigor e, também, um aumento dos problemas psicológicos e sociais, numa adolescência já pontuada por dúvidas, angústias e "duelos" entre modelos de vida, de comportamentos, de relações e de concepções de sociedade.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Resultados da sondagem

Sondagem "Concorda com o casamento gay?" Segundo os resultados obtidos, grande parte dos leitores concordam com o casamento gay. Por outro lado, uma minoria votou o contrário.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O primeiro casamento gay na prisão

O primeiro casamento gay nas prisões britânicas aconteceu no passado mês de Fevereiro. O presidiário Marc Spinks, actualmente com 47 anos, e o modelo Jason Horton, de 27 anos, receberam a autorização do Secretário de Justiça Jack Straw. E, por incrível que pareça, a cerimónia foi celebrada por um padre católico, dentro da penitenciária de Wandsworth, em Londres. Marc e Jason conheceram-se em 2005 e, de acordo com amigos do casal, foi um caso de “amor à primeira vista”. “Jason sabe que Marc pode passar um tempo razoável dentro da prisão, mas ele está preparado para esperar pelo seu amor o tempo que for preciso. Eles amam-se!”, assegurou um amigo do casal. Embora o casamento gay nos prisões britânicas tenha sido legalizado em 2005, ainda existem algumas controvérsias.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Homens são mais críticos no que toca às relações homossexuais do seu sexo. Investigadora fala "de masculinidade homofóbica"

Cerca de 70 por cento dos portugueses consideram erradas as relações sexuais entre dois adultos do mesmo sexo; mesmo nas idades mais jovens, os números da desaprovação nunca descem abaixo dos 53 por cento. "Portugal ainda é um país homofóbico", comenta Sofia Aboim, uma das autoras do Inquérito Saúde e Sexualidade (2007), do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, que é apresentado na terça-feira e faz um retrato da sexualidade na população portuguesa."As mentalidades não estão ainda muito abertas à aceitação da homossexualidade", sublinha a socióloga, referindo que os números que atestam o repúdio a este tipo de relações são "globalmente altos". Na escala apresentada aos inquiridos eram-lhes dadas várias opções: se achavam as relações entre pessoas do mesmo sexo totalmente erradas, a maior parte das vezes erradas, algumas vezes erradas ou raramente erradas. A maioria da população respondeu com a opção mais categórica. O estudo assenta em 3643 entrevistas feitas a indivíduos dos 16 aos 65 anos, numa amostra representativa da população de Portugal continental.Os homens são mais críticos no que toca às relações homossexuais do seu sexo: 58,9 por cento consideram-nas totalmente erradas; em relação às mulheres, a desaprovação desce para 53,9 por cento. Sofia Aboim atribui estes dados a "uma masculinidade tradicional e homofóbica em Portugal" - "as lésbicas são vistas como muito mais inócuas em termos de masculinidade". Nas mulheres existe, apesar de tudo, mais igualdade na avaliação: quer sejam relações homossexuais entre homens ou mulheres, a desaprovação, no seu máximo, é quase a mesma - cerca de 40 por cento consideram-nas totalmente erradas. Em relação às idades, "há uma linha geracional importante" - quanto mais jovem se é, menos se desaprova a prática -, "mas mesmo nos mais jovens os valores são altos". No seu todo, a desaprovação nunca desce abaixo dos 53 por cento, que é a percentagem dos que, entre os 18 a 24 anos, julga que a homossexualidade é errada. Tal como nos mais velhos, nesta faixa etária a desaprovação atinge o seu máximo nos homens a julgar as relações entre homens do mesmo sexo - um valor que chega aos 68 por cento."Estava à espera de algum conservadorismo, mas esperava valores mais baixos nas gerações mais novas", diz a investigadora, acrescentando que num inquérito semelhante em França se constatou que 80 por cento dos jovens franceses aceita as relações entre pessoas do mesmo sexo.O mito dos dez por centoSofia Aboim considera que "este conservadorismo" em relação à homossexualidade pode ter reflexos nos portugueses que se colocam nessa categoria: só 0,7 por cento, um número muito longe "do mito dos dez por cento de homossexuais", muito usado por associações de defesa dos direitos gay. O número encontrado no inquérito português está dentro do que é comum noutros estudos internacionais, acrescenta.Mas há outros dados do inquérito - coordenado pelos sociólogos Manuel Villaverde Cabral e Pedro Moura Ferreira, a pedido da Coordenação Nacional para a Infecção do VIH/sida - que colocam o número dos que têm contactos homossexuais acima dos que se definem como tal. São cinco por cento os que dizem ter tido contactos com pessoas do mesmo sexo sem envolver a área genital (beijos, toques, abraços) e 3,2 por cento os que dizem ter tido relações sexuais com alguém do mesmo sexo. "Há uma declaração mais fácil da prática do que o assumir de uma identidade."Curioso foi constatar que são mais os que assumem que "oscilam ao longo da vida". Há mais portugueses a assumiram-se como bissexuais do que como homossexuais.53%Mesmo nas idades mais jovens, os números da desaprovação nunca descem abaixo dos 53 por cento.

Ex-arcebispo gay americano escreve livro sobre a sua homossexualidade e a relação da Igreja com os gays

O ex-arcebispo americano Rembert Weaklend vai contar no livro Pilgrim in a Pilgrim Church: Memoirs of a Catholic Archbishop [Peregrino Numa Igreja Peregrina: Memórias de Um Bispo Católico] as aventuras e desventuras em assumir a sua homossexualidade. Rembert Weaklend afastou-se do sacerdócio desde 2002, quando veio à tona seu envolvimento sexual com um estudante de teologia. Na época, o estudante denunciou que a arquidiocese de Milwaukee pagou-lhe para retirar a queixa de abuso sexual contra o religioso. O abuso sexual aconteceu em 1992. O ex-arcebispo diz que vai ser verdadeiro sobre a sua homossexualidade, além de revelar que readmitiu padres pedófilos na sua arquidiocese. O livro chegará às livrarias no próximo mês.

domingo, 17 de maio de 2009

E hoje é dia de festaa!!!

O dia 17 de Maio foi instituido como o Dia Mundial de Combate à Homofobia em razão da Organização Mundial de Saúde ter retirado a homossexualidade do Código Internacional de Doença, no dia 17/05/1990.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Resultados da sondagem

Sondagem "Qual a sua opinião acerca do blogue?" Segundo os resultados obtidos, grande parte dos leitores votaram o nosso blogue como "Excelente". Obrigado a todos aqueles que visitaram o blogue.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Homossexualidade: pais informados podem ajudar...

Esta opção sexual do meu filho vai fazê-lo ser discriminado? Primeiro, a homossexualidade não é uma "opção", pois isso pressuporia a existência de uma escolha consciente e real por parte do sujeito homossexual, que não existe: ninguém escolhe ser homossexual, heterossexual, branco, negro, alto, baixo... Desta forma estamos perante uma orientação sexual, cuja existência não depende da vontade do sujeito homosexual e assenta em outros pressupostos. Segundo, se o seu filho leva a sua vida de uma forma monogâmica, tendo um companheiro por quem sente afecto e levando uma vida como o resto das pessoas, existem menos hipóteses de vir a ser discriminado, pois a sociedade portuguesa é relativamente tolerante neste casos e a maioria das leis (incluindo do trabalho e união de facto) aplicam-se indistintamente a todos os cidadãos independentemente da sua orientação sexual. Se, porém, o seu filho é, enquanto pessoa, exuberante, gostando do exibicionismo e do protagonismo, e junta a isso a sua orientação homossexual, então são maiores as chances de vir a ser discriminado, principalmente porque a sua homossexualidade é reconhecida pela sociedade de forma mais evidente. No entanto isto não quer dizer que o problema esteja exactamente no seu filho mas mais provavelmente na forma preconceituosa como a sociedade em geral encara a homossexualidade. Ser mais discreto pode facilitar a integração mas não é garantia de aceitação imediata: o que assusta a sociedade não são os comportamentos em geral mas sim (por enquanto) a homossexualide em si. Não se verá ele quando for mais velho, atirado para um canto, sem ninguém? A esta questão existem três respostas possíveis: Primeiro, esse risco de solidão é um risco inerente a qualquer um de nós enquanto seres humanos. Nenhum de nós está livre de ficar sózinho um dia; Segundo, se o comportamento do seu filho é uma procura de encontros sexuais casuais sucessivos, então esse risco de solidão futura é bem maior (como sucede com qualquer pessoa), pois chegará o dia em que a sua atracção física se desvanecerá e então será tarde para encetar uma relação; Terceiro, se devido à sua própria personalidade, formação moral e educacional, o seu filho arranjou ou pretende arranjar um companheiro estável, então os riscos de vir a encontrar-se só serão muito menores, pois os casais estáveis de homossexuais têm praticamente as mesmas condições de sobreviverem que os demais casais hetero. Tudo depende do sentimento, compromisso e empenhamento de ambos os membros do casal, em resolverem os problemas que no dia a dia lhes vão surgindo. Não quero um filho meu assim... vou levá-lo ao psiquiatra! Antes de mais convirá esclarecer que ser homossexual não é assim, nem assado. É uma orientação sexual como outra qualquer. Seguidamente, o psiquiatra nada poderá fazer uma vez que o seu filho ao ser homossexual não padece de doença nenhuma. Note que as tentativas de 'transformar' homossexuais em heterossexuais não tiveram bons resultados. De notar igualmente, que a homossexualidade não é já hoje considerada como de origem patológica e como tal não pode ser catalogada como doença. Porém, o psiquiatra poderá ser uma ajuda preciosa no caso do seu filho se debater ainda com depressões e angústias relacionadas com a sua orientação homossexual. Aqui a ajuda será preciosa, pois o psiquiatra poderá ajudar o seu filho a melhor se encontrar a ele próprio e a melhor viver com a sua orientação sexual. Esta atitude de ajuda será tanto mais importante se tivermos em consideração que a taxa de suicídios entre jovens homossexuais é mais elevada que entre os seus pares heterossexuais, precisamente devido a períodos de angústia e depressão que a sua orientação homossexual lhes coloca. Que desgraça... e que irão dizer a família, os amigos e os vizinhos? Em primeiro lugar não nos parece natural ter de andar a 'contar' a este ou àquele que o seu filho é homossexual. Alguém que conheça lhe veio alguma vez contar ser heterossexual? No entanto é natural que lhe venham contar do namorado ou o caso ou o casamento de um familiar, e nestas situações falar da situação do seu filho poderá ser mais complicado. Pior ainda é ser confrontado com uma pergunta directa sobre o seu filho ou filha.Deve aqui agir com calma e sobretudo com dignidade. Certamente que o seu filho pela sua responsabilidade e competência é um exemplo para muitos outros, pelo que você deverá sentir-se orgulhoso dele. Contudo, deverá ter em conta eventuais consequências para o seu filho se responder a essa questão de forma directa, e só deverá fazê-lo com o consentimento do seu filho. De facto estamos perante um aspecto pessoal e ele, melhor do que ninguém, saberá quando e a quem responder a essa pergunta. Se for você a falar sobre o assunto, faça-o só quando já estiver emocionalmente estabilizado em relação à homossexualidade do seu filho e com as bases necessárias para poder esclarecer as dúvidas e os erros de apreciação dos outros, quer sejam família, amigos ou vizinhos. Se você próprio não estiver ainda emocionalmente estabilizado sobre a homossexualidade do seu filho, acabará invariavelmente por transmitir a sua insegurança aos outros e aumentará neles a sua tendência para a consternação.Note-se que na prática irá-se assumir perante os outros como um pai ou mãe de um homosseuxal. Aceitamos a homossexualidade do nosso filho, mas será que ele não podia esconder as manifestações de afecto pelo outro? Vamos dividir esta questão em duas partes e começar pelo fim. O referir-se ao companheiro, ou namorado, do seu filho como o 'outro', revela que a sua aceitação do facto não é ainda total. Por outro lado, essa atitude de desdém para com o companheiro do vosso filho, somente irá contribuir para aumentar o fosso e a distância entre vós e o vosso filho e para vos tornar a todos mais infelizes. Para além de poder vir a dar origem a um clima de 'guerra fria', que em nada ajudará a cimentar as vossas relações. Voltemos agora, à primeira parte da questão. E por que deveria o vosso filho esconder o seu afecto pelo companheiro? Será legítimo amar alguém e não o poder demonstrar? Um casal heterossexual quando passeia não se dá as mãos, por exemplo, como forma de afecto? Por que não o poderia fazer um casal homossexual, se o sentimento também é o mesmo?